sigo numa rotina de incursão em diversas exibições que eu não queria perder e desde Rafael, figura conhecida da arte renascentista, ao contemporâneo Ai Weiwei, perambulei nos mais diversos ambientes expositivos.
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nas palavras de um alguém que se colocava ao meu lado enquanto andávamos pela presente bienal, ‘meu sobrinho poderia pintar isso’. a discussão de imposições de padrões de beleza chegaram às mídias tradicionais nos últimos anos e trazem à tona questionamentos relativos às exigências da indústria da beleza ao corpo humano, mas há muito se discute o conceito de belo e sua eventual utilização para deliberar qualidade ou a falta da mesma em se tratando de arte.
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a arte deu esse passo muito antes que o mercado tivesse qualquer percepção consciente da sua condição de submissão. as discussões que permeiam o desprendimento das produções do conceito de belo já não faz parte do olhar crítico, enquanto isso, as pessoas procuram ainda a satisfação do prazer estético, ou uma arte que agrada.
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olhar para algo agradável é desesperadamente precedido por uma ânsia por compreensão, um conforto que só se encontra naquilo que se reconhece, o estímulo ao desenvolvimento morre ao encontrar no lugar de uma pergunta, uma solução, mas é preciso lembrar que existir é um verbo, denota ação e demanda reação.
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